Mobilidade Urbana Frente a Complexidade Urbana.
Autor | Libardi, Rafaela |
Cargo | UN-Habitat - Artículo en portugués - Reseña de libro |
MOBILIDADE URBANA FRENTE À COMPLEXIDADE URBANA
UN-Habitat
UN-HABITAT, 2013
[ILUSTRACIÓN OMITIR]
A ONU acaba de lançar seu Planning and Design for Sustainable Urban Mobility: Global Report on Human Settlements 2013 (1) (GRHS), cujo tema é a mobilidade urbana. O aumento da população urbana, as extensões territoriais das cidades, e a motorização fazem deste relatório um documento fundamental para se pensar o estado das cidades no mundo. Além de diagnósticos, o relatório da ONU mostra tendencias mundiais da mobilidade, e identifica estratégias de inovação e políticas públicas para o desenvolvimento de um sistema de transporte urbano sustentável.
O GRHS é dividido nos seguintes temas: transporte urbano sustentável; transporte
de passageiros e de mercadorias; relação entre mobilidade e forma urbana; o acesso à mobilidade; impacto da motorização na saúde e no meio ambiente; as dimensões econômicas, os arranjos institucionais e políticas para mobilidade nos níveis local, nacional e internacional.
Três aspectos do relatório são de especial interesse para os estudos urbanos: a relação entre tipologias de transporte, forma urbana e os arranjos institucionais.
O relatório dá especial destaque ao transporte de passageiros, confrontando as escolhas individuais e suas consequências sociais. O transporte não motorizado é valorizado no relatório, mas é apresentado a partir de duas realidades distintas; uma onde o uso destes modais é reduzido em função da crescente motorização, com consequente aumento dos acidentes fatais no trânsito; outra, geralmente em países europeus, onde o uso da bicicleta é intensificado por meio da melhoria nas infraestruturas de circulação e facilidade de integração com outros modais. O relatório aponta que os deslocamentos a pé e em bicicleta dificilmente são prioridade no planejamento urbano. Em parte, por falta de interesses político--por não apresentar valor de mercado--; mas, também, por desconsideração aos pequenos trajetos, normalmente feitos a pé, que raramente aparecem nas estratégias de planejamento.
Quando a análise se volta ao transporte público, novamente, a diferença entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento é gritante: enquanto a boa qualidade do transporte público nos países desenvolvidos faz com que ele seja uma escolha do usuário, nos países em desenvolvimento, quando há transporte formal, ele é geralmente de má qualidade, não tendo prioridade no planejamento urbano ou no financiamento público. Além do...
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